4 de fevereiro de 2011

Poesia na boca da noite

Ontem houve mais uma edição do "Poesia na boca da noite", um encontro de poetas, amantes da poesia e de pessoas que apreciam a arte de escrever e falar com o coração. O local escolhido desta vez foi o Largo dos Inocentes, um local histórico da cidade.

Geralmente estes encontros acontecem às sextas, mas como hoje, sexta, 04/02, é aniversário de Macapá, o Poesia na boca da noite aconteceu na quinta.

Houve declamação de poesias, perguntas sobre escritores e poesias feitas pelo Prof. Munhoz, produção poética em papel apoiado na coxa mesmo, e até uma apresentação musical de uma pessoa que passava pelo local, e pediu pra fazer poesia sonora com seu trompete. No blog da Alcinéa você pode ver fotos clicando aqui, e no do Rostan Martins também.

Declamei duas poesias, uma que fiz em homenagem a Macapá, que você pode ler clicando aqui, e outra que fiz em homenagem à minha esposa, que você pode ler clicando aqui. Na oportunidade também deixei uma pequena contribuição poética em um caderno de homenagens à cidade, que reproduzo abaixo:

Macapá que me
encanta
No teu chão
meus pés enraízam,
viro planta
É só aqui que meu coração
descansa.


Parabéns Macapá, pelos seus 253 anos.

31 de janeiro de 2011

7 de janeiro de 2011

Mulher

Mulher que ilumina meus dias ao despertar
Alimenta meu corpo, vem me beijar.

Mulher dos meus sonhos, vem que te quero
Sempre serei teu, já não mais espero.

Mulher que perfuma minha vida de amor a exalar
És quem me dá forças ao ouvir-te me amar.

Mulher fascinante por ti eu exagero
Nosso amor infinito cuidarei esmero.

- Navi Leinad -

12 de junho de 2010

Cronologia de um amor

Apaixonou-se há dezesseis anos, e passou a namorá-la há dez. Casou-se há oito anos, dos quais há seis com um papel dizendo isso. Já tem dois filhos, um menino e uma menina. É um homem de sorte, encontrou seu norte. Felicidade.

- Navi Leinad -

31 de maio de 2010

Saudade

Saudade no inverno
deixa mais fria a solidão
Ouvir a voz do meu amor
esquenta o coração.

- Navi Leinad -

26 de abril de 2010

Clichê

Coração acelerado
em descompasso
preocupado
Nó na garganta
peito apertado
chorar não adianta
Permanece a tensão
não se concentra
perde atenção
Angústia que tortura
há quem diga que cura
o amor, jura?

- Navi Leinad -

8 de abril de 2010

4 anos do blog

Quatro anos nessa brincadeira de escrever sob um pseudônimo, que até ganhou uma biografia não-autorizada, e chegou a hora de fazer um balanço de tudo o que foi publicado aqui.

Lendo toda a produção textual poética até hoje, encontrei muita coisa legal, que agradou muitos visitantes que deixaram comentários, mas também encontrei textos que não gostei de ler novamente.

Neste sentido, estou fazendo uma coletânea de textos que poderão ser publicados em um livro. A ideia é fazer um livro de poesias com temas diversos, até porque diversidade é o que melhor define a temática poética do nosso hermano "argentino" Navi Leinad. Veja aqui e aqui dois exemplos.

Então, meus caros, muito obrigado por suas visitas, comentários, algumas amizades, confraternizações (ah! as tertúlias dos sábados no Café da Sol Informática, no Boteco Computer...) nesses 4 anos.

29 de dezembro de 2009

Parte

Mais uma parte
de um todo
comparte.

E mesmo assim
sendo parte
é completa
Sua arte.

- Navi Leinad -

17 de novembro de 2009

"The book is on the table"

Todos estavam reunidos em mesas separadas, como numa sala de aula, mas o local era a praça de alimentação de um shopping center no centro da cidade. Comemoravam ali o final daquele ano letivo, que não era um simples ano letivo, era o último do 2º grau.

A conversa era bem divertida, mas em um determinado momento ficaram pensando no vestibular que teriam pela frente. A tensão tomou conta das mesas. Seriam futuros Farmacêuticos, Biomédicos, Enfermeiros, Dentistas, Médicos (todos eram concluintes do ensino médio com ênfase em Ciências Biológicas, o famoso CB), ou passariam mais um ou dois anos esquentando as cadeiras de um cursinho pré-vestibular?

No meio daquele clima tenso, em uma praça de alimentação lotada, uma pessoa que passava entre as mesas esbarrou no braço de um dos estudantes. Imediatamente ela se virou e pediu desculpas... em inglês: "sorry". Era um turista estrangeiro, que pareceu ficar aguardando uma resposta positiva do estudante. Nem daria tempo. Um colega seu na mesa ao lado levantou rápido de sua cadeira e falou: "Soure não. Ele é de Macapá!" E todos riram sem parar.

(Soure é um município do Pará, um paraíso natural na Ilha de Marajó)

15 de setembro de 2009

Convite

O blog "Revelações de minh'Alma" convoca toda a população amapaense a praticar um grande ato de solidariedade e amor ao seu semelhante: seja você também um doador voluntário de medula óssea.

Está sendo implantado no Amapá um banco de medula óssea, o REDOME (registro nacional de doadores de medula óssea). A inauguração e início de coletas será hoje, 15/09/2009, em frente ao HEMOAP, que fica na Av. Raimundo Álvares da Costa, esquina com a Rua Jovino Dinoá, Centro.

Saiba mais sobre o assunto:

28 de agosto de 2009

Vitória

Chegou sem anunciar,
Repentinamente,
E tomou conta
De toda gente.

Não se mostrou,
Fez suspense,
Sua vinda
Era diferente.

Superou batalhas
Provou ser valente
Abençoada tua paz
Vitória, finalmente!

- Navi Leinad -

27 de julho de 2009

Caro amigo

Grande emoção no meu peito apertou
Foi triste a notícia que subitamente chegou
Não havia dúvidas, e uma lágrima transbordou...
Caríssimo amigo nos deixou.

Mergulhei em lembranças e pensamentos
Procurei envolvê-lo em bons sentimentos
Roguei por um desencarne sem mais sofrimento.

Sempre tive muitas palavras para lhe ofertar
mas se hoje buscasse minha alma revelar
nenhuma palavra conseguiria expressar
o que meu silêncio consegue falar.

Segue em paz, caro amigo...
Quando puder, mande notícias
Do infinito azul, seu novo abrigo.

- Navi Leinad -

(Para Juvêncio de Arruda)

Foto: Cris Moreno
Juvêncio (segundo da direita para a esquerda), confraternizando com blogueiros (Carol Jinkings, Mari, Pedro, Lu, Carol, eu, Juca e Walter) após palestrar em evento sobre blogs em 2007, no Café Literário da Livraria Jinkings, em Belém-PA.

2 de junho de 2009

Providência

Caem as folhas
Seca a madeira velha
Raízes são fortes.

Natureza segue
Revelando o milagre
Vida mais uma vez.

- Navi Leinad -

1 de maio de 2009

Viagem ao centro da Terra

Era uma vez um leão perdido e desorientado no meio da floresta. Já estava velho, fraco, manco e praticamente cego, mas ainda era muito orgulhoso por se achar o rei da selva.

Certo dia, ao
encontrar com uma pantera, se encheu de valentia e tentou abatê-la. Pobre leão! Foi ferido violentamente e, sem outra alternativa, resolveu cavar um buraco bem fundo para se esconder. A fuga sempre foi o seu subterfúgio mais utilizado, pois desde filhote morria de medo do bicho-papão.

Alguns nativos da floresta dizem que o leão morreu. Outros dizem que até hoje ele está cavando, cavando, cavando...

Moral: Enquanto o leão não perder o medo do bicho-papão, nunca vai sair do buraco.

22 de abril de 2009

Angústia

Sob o jugo do próprio olhar
Aprisionou-se em tirania
Quis viver aflito
Triste e oprimido
Reprimiu os sentimentos
E se escondia
Tentou acreditar que assim
Niguém descobriria
Sua íntima agonia.

- Navi Leinad -

8 de abril de 2009

Caçador de pipa

Fazer pipa é uma arte. Nem todos têm habilidade para sua confecção, mas aquele garoto estava no caminho certo. Na sua rua moravam pelo menos três amigos que faziam pipas excelentes, e ele sempre os observava.

Cores, tamanhos, formas, linhas sempre novas e adequadas, tanto para a armação, quanto para soltar as pipas. Plásticos ou retalhos de pano para as rabiolas, papéis de seda para encapar, cola para colar. As talas, conseguidas em buritizais nos arredores de Macapá, ou nos alagados do bairro do Laguinho, eram cuidadosamente raspadas e medidas, para que o equilíbrio das pipas não ficasse prejudicado.

Como eram animados aqueles finais de semana de férias escolares! Fazer suas próprias pipas é muito melhor do que comprá-las prontas!

Quando o garoto finalmente conseguiu fazer a sua pipa perfeita, teve a infelicidade de perdê-la num enlace, e depois vê-la danificada na mão de quem a pegou. Mas não se deu por vencido e esperou a próxima queda dela, porque ela certamente cairia de novo.

Não caiu. Enroscou-se na rede elétrica em frente a sua casa, e lá foi abandonada. Imediatamente o garoto pegou uma pequena pedra do chão, amarrou na ponta de uma linha e começou a arremessar na direção da pipa nos fios. Queria recupará-la, pois poderia consertar o que foi danificado, e assim teria novamente sua pipa 'perfeita'.

Ignorando o perigo que já corria, trouxe de dentro de sua casa uma vara de alumínio tão comprida que era capaz de alcançar, com algum esforço, o fio onde a pipa estava enroscada. Um pouco abaixo existiam outros fios, que a vara tocava insistentemente.

De repente, mas previsivelmente, o garoto sentiu que a vara ficou presa. Olhou para ela e viu que parecia estar grudada aos fios. Largou-a e confirmou que estava presa, não caiu no chão. Inadvertidamente, puxou forte para baixo no intuito de soltá-la, mas percebeu que faíscas caíram ao seu redor, e logo em seguida ouviu um estouro que o fez largar a vara com susto, e, em seguida, foi banhado por uma chuva de faíscas.


O garoto saiu pulando feito um coelho, buscando abrigo sob uma jovem mangueira próxima ao local. A vara partiu-se em duas, sendo que a parte que estava em contato com os fios ficou levemente derretida, e a outra parte apenas na ponta onde partiu.

Toda a energia da rua foi automaticamente desligada, o que fez com que os moradores saíssem de suas casas para saber o que tinha ocorrido. E o garoto, acreditando que poderia se misturar aos curiosos, teve o azar de estar sendo observado pela vizinha mexeriqueira, que por anos o transformou no protagonista de diversas versões sobre o fato.

Nunca mais aquele garoto tentou recuperar suas pipas. Não pelo perigo, mas porque a vizinha nunca tinha o que fazer.


- Navi Leinad -

1 de abril de 2009

Selos

Foram ofertados ao blog alguns selos nos últimos meses, e só agora eu parei para reuni-los e publicá-los. Pelas "regras", geralmente, eu deveria indicar um número limitado de blogs para também recebê-los, mas prefiro deixar que qualquer amigo blogueiro fique livre para escolher o selo que mais lhe agradar.

Então, vamos aos selos:
e
(Obrigado Lêda Maria)


(Obrigado Claudia Nascimento)


(Obrigado Diniz Sena, Ivan Carlo e Márcia Corrêa)


p.s.: eu sei qual selo o Diniz vai pegar! hehehehehe...


Atualizado em 02/04/2009

Confirmando minhas suspeitas, em clima de brincadeira o amigo blogueiro Diniz Sena ofereceu ao blog o selo retarDARDOS, que ele nunca revelou ter recebido, mas agora que já pegou o requisito para o merecimento do selo, pode finalmente dividir com todos sua alegria.

O selo representa uma brincadeira com os blogueiros que recebem o DARDOS, por ser uma premiação de origem desconhecida e com um nome sem sentido, o que o torna, no mínimo, duvidoso.

Mas como o DARDOS me foi presenteado pela amiga blogueira Claudia Nascimento, do importante Marcos do Tempo, nunca duvidaria da sua intenção na indicação, e acredito nos seus dizeres de reconhecimento de valores empregados pelo blog.

Portanto, está recebido o meu selo
retarDARDOS (rsrsrsrsrsrs...), e agora eu o ofereço à Claudia, que também recebeu um DARDOS.

28 de março de 2009

Bate-Blog


Estou participando do Bate-Blog, uma série de entrevistas que o meu amigo blogueiro, publicitário e pai da princesa Talita, Diniz Sena, está fazendo no seu blog.

Leia aqui o meu Bate-Blog.

19 de março de 2009

Retorno

E atravessou,
como tantas vezes,
para a outra margem do rio.
Retornou ao seu chão
ainda com aquela linha imaginária
e fortaleza de sempre,
mas, desta vez,
tudo lhe pareceu diferente...
Por onde passava só via o que foi,
nunca o que hoje é.

- Navi Leinad -

18 de fevereiro de 2009

Até breve

Fez as malas sem alarde
E dentro dela encheu
Saudade.

Nos olhos tristes há enxurrada
Não é vergonha
Mascarada.

Reforçando assim os laços
Aos amigos deixou
Beijos e abraços.

- Navi Leinad -

5 de fevereiro de 2009

31 de janeiro de 2009

Cinco respostas

Meu compadre Harold me presenteou com um espaço em seu blog, na véspera do meu aniversário.
Trata-se de uma série de conversas, no estilo entrevista, onde seus escolhidos são convidados a responder cinco perguntas, de um total de dez por ele definidas.
Confesso que fiquei tentado a responder todas, mas as regras eram claras: apenas cinco serão publicadas, independente de quantas forem respondidas.
Vocês podem ler a entrevista clicando aqui.
No final ele colocou uma poesia minha, publicada aqui em 2006.
Espero que gostem.
Valeu, Alemão!

26 de janeiro de 2009

Abriu, não troca mais.


Havia chegado o grande dia. Finalmente compraria seu primeiro time de futebol de botão.


Subiu em sua bicicleta e se dirigiu ao pequeno estabelecimento comercial, onde, tradicionalmente, se vendia de tudo um pouco. A distância a percorrer era razoavelmente grande para uma criança com pouco menos de dez anos.


Apesar da pouca idade, ele já se declarava torcedor do Flamengo, só que o time de futebol de botão que encheu seus olhos foi o do Palmeiras, com aquele verde forte e imponente. A década de 80 foi um período com grandes conquistas do rubro-negro carioca no futebol nacional e internacional, sendo previsível que crianças em todo o país passassem a simpatizar e torcer por ele. Mas o garoto, desconhecendo o longo período sem conquistas que o clube paulista enfrentava, escolheu o alvi-verde palestrino* como seu primeiro time de futebol de botão.


Voltou para casa todo orgulhoso pela compra, ansioso para estreá-lo mostrando ao irmão mais velho, ao tio quase da idade do irmão, aos primos e aos amigos da vizinhança. Agora poderia brincar sem ter que pedir emprestado deles.


Quando abriu a embalagem, uma surpresa nada agradável. As peças estavam todas retorcidas... tudo empenado. Talvez por ter sido exposto ao calor excessivo do meio do mundo**, o material plástico não suportou e entortou. Ou o defeito poderia ser da fabricação, não havia como descobrir. O certo é que todos disseram pro garoto voltar lá para trocar, e foi o que ele fez.


No estabelecimento comercial, com o brinquedo em mãos, pediu que fosse trocado por outro em perfeitas condições de uso, mas ouviu do comerciante, com um ligeiro sorriso na boca, uma frase que marcaria sua infância:


_ Abriu, não troca mais.


Um abatimento profundo tomou conta daquela criança, que voltava para casa em sua bicicleta deixando pelo caminho não só as marcas dos pneus, mas também as marcas da sua tristeza infindável, com as lágrimas que pingavam no chão.


- Navi Leinad -

* Palestra Itália foi o primeiro nome do Palmeiras.
** A cidade é cortada pela Linha do Equador.

18 de janeiro de 2009

Inspiração


Foi um pequeno sopro
que o fez voltar à lucidez,
aquela capacidade de percepção
originalmente espiritual,
como se estivesse fora da matéria
novamente.

- Navi Leinad -

8 de janeiro de 2009

Meu Norte

Eu te vi ali, parada
Esperando a condução
Assim como eu, parado
Mas perdi a direção.

Vendo-te ali, parada
Quis segurar tua mão
Acabar com a espera
E ser tua condução.

Então marquei teus passos
E contei com a sorte
Ao perseguir teu coração
Descobri o meu caminho
Encontrei meu Norte.


- Navi Leinad -

12 de dezembro de 2008

Das reflexões finais

Existir é suportar idas e vindas.
Pessoas, lugares, sentimentos...
As coisas vêm e vão.
Devemos entender essa lógica
E aceitá-la para seguir adiante.
Assim como as marés:
Ora alta, ora baixa.
Ao sabor do acaso (*)
Tanto pra se esquecer...
Tanto ainda pra se viver.

- Navi Leinad -

* por Humberto Gessinger

5 de dezembro de 2008

Eu disse lá

Estou na seção "Diga aí" do blog da jornalista Alcinéa Cavalcante, de Macapá-AP. A idéia é falar de uma saudade, uma lembrança, um lugar, um acontecimento, qualquer coisa que tenha relação com Macapá, minha terra Natal.
Contei sobre minha experiência como vestibulando amapaense numa cidade do interior gaúcho há exatos 11 anos.
Dá uma passada lá pra ler clicando aqui.
Não esqueça de comentar. Depois venha deixar suas impressões pra mim.
Abraços.

9 de novembro de 2008

Sobrevoando o inferno


Olhou para baixo e sentiu o calor arder em seu rosto. O corpo queimava, mas seu espírito permanecia imaculado. Observou com repulsa o contentamento de seus inimigos. Eram eles as chamas do seu inferno.
- Navi Leinad -

26 de outubro de 2008

Espera


Chegou ao mundo antes

Ficou sem direção
Não podia lembrar
Mas havia uma missão.

E procurou viver
Ainda sem lembrar
Esperando acontecer.

- Navi Leinad -

17 de outubro de 2008

I Concurso Melhor Blog Paraense

Amigos blogueiros, este blog está concorrendo na categoria 'Ficção' no I Concurso Melhor Blog Paraense, da comunidade Blogueiros Paraenses, no Orkut.

Como nessa fase do concurso os blogs selecionados em cada categoria estarão sendo visitados pelos integrantes da comunidade, para que conheçam e escolham em qual votar, coloquei todas as postagens visíveis de maneira que facilite a leitura ou, pelo menos, a visualização do conteúdo do blog.

Essa medida durará por uma semana - período da votação popular - e poderá se estender caso o blog seja classificado para a fase final do concurso.
Espero que gostem e voltem sempre.
Abraços.

p.s.: aos amigos e leitores desse blog, fica o convite para participarem da comunidade no orkut e, se possível, votem em mim! rsrsrsrsrsrs...

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Atualizado em 27/10/2008

O blog venceu na fase de votação popular, mas infelizmente não obteve boa pontuação dos jurados na fase de seleção, e na somatória das duas ficamos em segundo lugar.
Fica aqui um agradecimento aos blogueiros e amigos que votaram no Revelações de minh'Alma. Muito obrigado!

3 de outubro de 2008

19 de setembro de 2008

Crônica de uma vida


Aquele garoto, no começo de sua adolescência, foi completamente consumido por uma paixão que o deixaria cada vez mais descontente com as peculiaridades da moral humana falha. Uma sucessão de acontecimentos infortunos girando em torno dessa paixão fizeram de sua vida um verdadeiro mar de ilusões.

Eram completos opostos que teimavam em não se atrair. A garota popular não podia ser mais do que simples amiga do garoto desconsiderado pela turminha da vez. Mas o obstinado rapaz seguia apaixonado e na sua batalha desigual por um amor teoricamente impossível.

Poucos o incentivavam. Recebeu duros golpes traiçoeiros. Até quem mais podia ajudá-lo foi omisso. Na verdade só podia contar com sua auto-confiança.

Declarou seu amor várias vezes. Provou que tinha coragem, mas não era o bastante. O que ela queria ele não podia dar. Não havia conquistado, ainda que de forma passiva, seu lugar ao sol.

Resignou-se o garoto, inconformado, pois aquele sol era artificial demais, não provocaria alteração alguma nem em sua pele. Ele sabia que tinha muito mais a oferecer, e saiu em busca do verdadeiro sol. Este sim faria uma revolução em sua vida, e ofuscaria toda a mediocridade de que sempre foi alvo.

O preço a ser pago era alto, mas o pior ainda estava por vir.

Mesmo sob o sol da superação o garoto, que virou homem, ainda precisaria enfrentar convenções sociais medíocres, forçando-o a construir tantos personagens falsos que sua história de vida aos poucos desapareceria. Era como se ele tivesse vivido a maravilhosa vida de Paris Hilton, cada dia da sua vida.

- Navi Leinad -


7 de setembro de 2008

A queda


Vivia no fundo
Acostumou-se à escuridão

Tentou não esquecer a luz
Agarrou-se ao lampião

Urrou do fim do mundo
Mas foi em vão

Desceu ainda mais
Morreu um leão.

- Navi Leinad -

28 de agosto de 2008

Errante

Foi embora
infeliz
como sempre
foi
levando consigo
orgulhoso
o egoísmo
e a solidão
companheira
fiel
testemunha
espetáculos psicóticos
monólogos silenciosos
até o fim...
extinguiu-se
mas não sabe.

- Navi Leinad -

12 de agosto de 2008

O cajueiro


Quando eu era pequeno gostava de pescar nos igarapés e alagados de Macapá, onde minha bicicleta com pneus coloridos e minha disposição para pedalar podiam me levar.


Cavava no chão úmido de terra preta do quintal da vó Nena, recolhia algumas minhocas para servirem de isca e as colocava com um pouco da terra numa lata de leite vazia e com a tampa cheia de furos pro ar entrar.


Arrumava todo orgulhoso minha tralha de pescaria numa bolsinha preta improvisada, pendurava no guidom da bicicleta e saía de casa, no bairro do Laguinho, com a esperança de trazer alguns peixes como troféus.


Tudo não passava de uma grande brincadeira de menino, mas não tive muita sorte nesses tempos de pescador. Posso contar nos dedos das mãos quantos peixes consegui pescar. Em compensação sobram histórias e situações divertidas pra contar.


Algumas delas se passaram num lugar chamado Jandiá, onde em época de cheia dos rios, e um pouco mais de pedaladas em estrada de terra batida sob o sol do Equador, podia-se encontrar um local com um cajueiro sobre um lago repleto de acarás e outros peixes ornamentais que só com pulsá dava para pescar.

Eu não usava caniço, apenas linha, anzol e chumbada, mas às vezes era preciso entrar na água de pulsá na mão e fazer um "corpo a corpo" com os peixes. Aproveitava para levar um pouco de Cabombas e Hygrophilas, plantas ornamentais de aquário comumente encontradas na região.


Só que o que mais me impressionava nessas pescarias era a beleza natural que cercava a cidade, e o 'Cajueiro', como passei a chamar aquele lago, tinha uma beleza especial. Por vezes subi em seus galhos e ficava admirando os peixes que passavam próximos da superfície da água, com suas cores, formas e tamanhos diversos, num deslumbrante balé aquático.


Essa é uma lembrança que sempre guardarei, e se possível tentarei torná-la real para o meu filho... em outro cajueiro, é claro, pois o meu não existe mais.

- Navi Leinad -

23 de julho de 2008

Entrevista


A jornalista Márcia Corrêa, de Macapá-AP, está começando a publicar em seu blog uma série de entrevistas com macapaenses que moram fora de Macapá, e eu tive a honra de ser o primeiro entrevistado.

"A idéia é mover as saudades e, ao mesmo tempo, trazer informações de outras paragens, que possam contribuir com nosso debate sobre a cidade neste ano de mudanças."

Fiquei muito feliz com o convite da Márcia, ainda mais porque estou em fase de retorno para Macapá, e foi bom poder falar um pouco da minha história e da minha relação com a cidade.

Clique aqui para ler a entrevista. É pequena, não custa nada dar uma passada lá, caríssimos amigos e visitantes :-)

Obrigado, e abraços!

11 de julho de 2008

Série "Minha Trilha Sonora" - III

Recentemente tive a oportunidade de assistir a um show de uma banda que sempre fez minha trilha sonora:
Engenheiros do Hawaii.
A acústica do local não ajudou muito, pelo menos pra onde eu estava, mas deu pra se divertir e fazer alguns pequenos vídeos, que juntei em um vídeo só.
As músicas são, na ordem: Parabólica (1992), Somos quem podemos ser (1988), 3x4 (1999) e Terra de gigantes (1987).

1 de julho de 2008

Triste engano


Terra azul
Oceano
De rios curvilíneos
Transbordando
De verdes matas
Queimando
Vidas apagadas
Com a ganância
Devastadas
E solos fecundos
Soterrando o imundo.

Se eu pudesse
Fechava tuas feridas
E se assim o fizesse
Deixava-te protegida
Do animal ser humano
Que se diz teu dono
'Evoluindo' do teu dano
Um triste engano.

- Navi Leinad -

20 de junho de 2008

Eremitas urbanos

Quero um chão de terra molhada por uma chuva fina que cai e lentamente lava meu corpo, limpa minha mente e alimenta meu espírito.
Prefiro esquecer que continuo vivendo seco e faminto por fantasias impuras de eremitas urbanos em suas torres de concreto.

- Navi Leinad -


5 de junho de 2008

Pimenta-de-cheiro


Teu aroma é marcante
Excita-me tua cor
Um amarelo brilhante
Que inconfundível sabor!

- Navi Leinad -

9 de maio de 2008

Parabéns Júlia Cecília


Poema para Júlia

Presente divino
nos foi enviado.
Desejo de mimo
há muito esperado.

Doce menina,
criança amada...
És flor que anima,
beleza encarnada.

Menina doce
de voz agradável.
Teu sorriso só trouxe
ternura infindável.

Ah, criança amada,
anjinho imaculado...
És vida encantada
que me deixa extasiado!

- Navi Leinad -

29 de abril de 2008

14 de abril de 2008

Campanha

Mosquito criado?
Foi falta de cuidado!
Desde cedo foi avisado,
Mas de quem era esperado,
Nada foi mostrado.
E mais uma vez ficou provado:
O povo tem que ter o 'rebolado'.
Que desgraça é o descaso!


- Navi Leinad -


(A campanha 'Xô, dengue!' foi criada pela jornalista Alcinéa Cavalcante, muitos blogs já aderiram, fazendo denúncias de possíveis criadouros de mosquitos, e os resultados estão aparecendo, pelo menos na cidade de Macapá-AP.)

7 de abril de 2008

Hermano

Esse cara é louco
E ser louco é ser feliz
Ele pinta o seu nariz
E não se importa nem um pouco
Com o que todo mundo diz.

- Navi Leinad -

29 de março de 2008

Série "Minha Trilha Sonora" - II

Há três dias o meu confrade Harold assistiu a um show da banda mineira Pato Fu lá em Brasília, e fez questão de cumprimentar os músicos ao final da apresentação. Por volta da meia noite estava eu me preparando pra dormir quando toca o telefone e o que escuto do outro lado da linha? Fernanda Takai, vocalista da banda, batendo um papo com o Harold.

Aliás, essa não é a primeira vez que ele conversa com os integrantes do Pato Fu. Em 2005 a banda participou de um projeto, na época ligado à Caixa Econômica Federal, chamado Sempre Um Papo, no qual artistas são convidados para bater um papo (não poderia ser diferente) com os fãs. Registrei o momento de forma precária, filmando a tela da televisão com uma câmera fotográfica digital. Ficou péssima a qualidade do vídeo, mas valeu... até porque o Harold falou no meu nome e ainda pegou um autógrafo pra mim. Assistam ao vídeo e vejam o autógrafo no final da postagem.

Como sou fã do Pato Fu desde 1995, e aproveitando o novo encontro do Harold com a banda, a música escolhida hoje para dar continuidade à série "Minha Trilha Sonora" é Saudade, que foi lançada em 1999, no disco 'Isopor'.

Vamos ouvir* e acompanhar a letra:

boomp3.com

Saudade
(Fernanda Takai / Gérson Freire)

É de manhã bem cedo
A rua desperta
Na primeira hora
Sinto falta de você
E vou pedir
Mais uma vez
Pra você voltar

Olha eu sei que não tenho
A sorte e o tempo
Sempre que eu tento
Não consigo te dizer
Tão simples é
Mas eu perdi
Tão lindo amor

A saudade faz sofrer
Não precisa nem querer
Mais e mais
Vou amar você

* editei, cortando a música na metade, visando facilitar o carregamento do arquivo pra quem acessa a internet com conexão lenta.

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Autógrafo
(clique para ampliar)

Vídeo do 'Sempre Um Papo'


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Atualizado em 07/04/2008

Uma prova do 'crime' chegou por e-mail. Trata-se de uma foto do Harold com a Fernanda Takai na hora dos autógrafos nos CDs, que podem ser vistos na mão dele.
Valeu Alemão!

15 de março de 2008

Poesia da alma


És tu, poesia

que encanta e inspira

no peito a confiança,

desfaz o nó da minha garganta,

e se faz com a alma aliança,

o coração só se agiganta.


- Navi Leinad -

7 de março de 2008

Série "Minha Trilha Sonora" - I

Queridos amigos, fiéis visitantes e eventuais curiosos.
Enquanto o poeta Navi Leinad continua no mais absoluto ócio criativo, inauguro hoje a série "Minha Trilha Sonora", e para começar escolhi a música Life Blue, da banda amapaense Raízes Aéreas. A composição é da parceria Beto Oscar e Aroldo Marinho.
Para ouvir basta ativar o player abaixo.

Life Blue
(Beto Oscar / Aroldo Marinho)

É a vida
Minha vida não é como eu quis
Vivo por um triz
E a linda repórter pergunta se eu sou feliz

Se eu vivo ou se tento viver
Seja qual for a resposta
Nunca vou entender

Nesta minha vida eu armei um circo
Sou palhaço, trapezista
Revolucionário, anarquista
Mas tudo é imagem sempre fechada
E eu abraço o teu corpo e dou de cara
Com a tua cara amarrada

Minha vida tem palmeira tem
Mas não existe sabiá não
Apenas um sonho desfeito
Da realidade-pesadelo
Na qual eu tento acordar

Sou brasileiro e tenho medo
Será que amanhã
Eu vou ter algum dinheiro
Pra poder escapar da vida?

22 de fevereiro de 2008

Vídeo no YouTube

Caros amigos e visitantes, a produção textual de Navi Leinad está parada por motivos alheios à sua vontade... e ele pede desculpas. Sendo assim, na falta de atualização do blog, resolvi adaptar em vídeo o texto Hallelujah e coloquei no YouTube.



Abraços fraternos.

31 de janeiro de 2008

13 de dezembro de 2007

Certeza

Olhar-te assim, bem de perto
Tão suave, sorriso aberto
É privilégio, já se sabe
Causa em mim
Felicidade.


Quando à noite no cansaço
Ouço o choro inquieto
Pelo toque que te cerco
Só assim te aquieto.


E na penumbra, à luz da vela
Sinto o cheiro e fico certo
É pedaço
Meu e dela.


- Navi Leinad -

1 de dezembro de 2007

Outro selo

O blog recebeu outro selo, desta vez através da amiga Kiara Guedes, do blog Neste Instante.


O selo na verdade é um prêmio concedido àqueles que escrevem a liberdade, escrevem com liberdade, escrevem pela liberdade, o que me deixa muito feliz por ter recebido e poder indicar outros 5 Escritores da Liberdade.

Valeu, Kiara!

Meus indicados são os blogs:

Arbítrio do Yúdice
Blog do Lauande (in memoriam)
Blog do Pedro Nelito
Ex-Direito & Esquerdo
Notícias de Lugar Nenhum

22 de novembro de 2007

O brilho intenso

Ai de mim se um dia meus olhos deixarem de te olhar nos olhos,
dizendo-te sem palavras que eu te amo profundamente!
Não seria mais digno de tê-los...
Foram esses mesmos olhos que se perderam presos aos teus

sob a luz de um raio de sol entre as árvores,
surgido para o momento e eternizado pelo tempo,
pois cada vez que os olho profundamente,
há um brilho intenso revelando-me claramente
aquele mesmo ânimo para a devoção extrema,
como se ainda fosse à primeira vista.

- Navi Leinad -

11 de novembro de 2007

Selo recebido

A amiga Mari, do belíssimo blog 'Pedra de Alquimia', fez um agrado ao Revelações de minh'Alma presenteando-me com um selo de qualidade, prática cordial bastante difundida na blogosfera.



Gostei do mimo! Foi o primeiro recebido pelo blog.
Obrigado mais uma vez, Mari.
Pela regra devo conceder o selo a cinco blogs, que são:

Alcinéa Cavalcante
Harold
O Intimorato
Papel de Seda
Pra Gente ser Feliz


Saudações e um fraternal abraço!

25 de outubro de 2007

Calmaria

Essa tua calma
que me acalma
E me consome o tempo
sem lamento
Pois no momento
do teu descanso
Após o alimento
e o teu balanço
Encontro a paz
que assim se faz
E que eu não sei
se viveria
Sem ter mais toda essa
calmaria.

- Navi Leinad -